Brás Cubas de alma mineira

Crítica de "Por caminhos de Brás Cubas" da Cia Intervalo de Belo Horizonte

 
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A genialidade de Machado de Assis, aliada ao talento de Ítalo Mudado, uma das referências do teatro mineiro, só podia dar coisa boa, como a peça Por caminhos de Brás Cubas, inspirada em Memórias póstumas de Brás Cubas, obra maior do bruxo do Cosme Velho. Montado originalmente no ano passado, no ensejo das comemorações do centenário da morte do autor, o espetáculo fez parte da programação do 40º Festival de Inverno da UFMG, em Diamantina, e em seguida foi apresentado no Congresso Internacional Centenário de Dois Imortais, Machado e Guimarães Rosa, realizado na Faculdade de Letras da UFMG.  “Sempre fui fascinado com a obra de Machado de Assis, especialmente por Memórias póstumas de Brás Cubas, que já li diversas vezes, sempre com o mesmo encantamento. Mas, como seria impossível levá-lo por inteiro ao palco, resolvi aproveitar o que, na minha concepção, seria o essencial do romance, seu lado filosófico. Sendo assim, centrei o espetáculo nos capítulos O delírio, Um encontro e O maniqueísmo, além do final do livro, com as últimas palavras de Brás Cubas”, conta Ítalo Mudado. Mineiro de Belo Horizonte, ligado ao teatro desde a adolescência, quando estudava no Colégio Batista, Mudado diz ainda que, como poderia se supor a princípio, a peça não se tornou dissertativa. “Pelo contrário. O pensamento do escritor adquire dinamismo excepcional, graças à ótima interpretação dos atores”, afirma. Com trilha sonora de Marcel Luiz e figurino de Alexandre Colla e Grupo Intervalo, integram o elenco os atores Ana Nery, Daniel Dolabella, Edson Moreira, Marinho Oliveira e Roberto Polido. A iluminação ficou por conta de Marco Túlio Zerlotini. (Texto de Carlos Herculano Lopes - EM Cultura )

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