Motorista de ambulância encontra seu filho morto


  Motorista de ambulância chamado para atender acidente na Serra se desesperou ao deparar com o jovem deitado em rodovia.

Motorista e socorrista da ambulância da prefeitura de Flores da Cunha, na Serra, Gilmar Lodeas, 47 anos, se deslocava para atender a mais um acidente de trânsito, na manhã de ontem. Ao chegar ao ponto do acidente, Lodeas gelou: era a moto de um sobrinho que estava caída no asfalto. O socorrista sabia que o filho, Fabiano, 22 anos, pegava carona diariamente com o primo Marcelo Negri, 38 anos. Negri estava sentado. Fabiano, deitado. O pai correu em direção do filho a fim de removê-lo para a ambulância, mas o rapaz estava morto.


O motorista do Palio que se envolveu no acidente não se feriu e foi preso por conduzir alcoolizado.A tragédia aconteceu por volta das 8h, no km 89 da rodovia Caxias do Sul-Antônio Prado (ERS-122). Lodeas conta que estava no posto de saúde de Flores da Cunha quando foi acionado. 



Ele reforçaria o socorro a um acidente considerado gravíssimo, mas sequer sabia se alguém havia morrido. O socorrista revelou que não viu o filho sair de casa pela manhã, na localidade de Nova Roma. No entanto, sabia que Fabiano e o primo se dirigiam diariamente, naquele horário, para trabalhar em uma mecânica no bairro Fátima, em Caxias.– Fui acionado pela Brigada Militar para ir ao acidente. Quando vi a moto do meu sobrinho, sabia que meu filho estava junto. Ao ver meu sobrinho sentado e com fratura, pensei que meu filho pudesse estar bem – relata o pai.Outros socorristas, porém, se anteciparam e avisaram que o jovem caído estava morto. Os colegas não sabiam que estavam informando o próprio pai.– Eles me disseram: “Está em 30”. Sabe o que isso quer dizer? Ele estava em óbito. Tentei socorrer, mexer com meu filho, mas ele já estava sem vida – recorda o pai.Mãe de vítima pede punição a motorista embriagadoLodeas trabalha há 11 anos como socorrista.– Tanta gente que salvei nessa vida e não pude salvar meu próprio filho.Apesar de ter sido um dos primeiros a chegar, o pai de Fabiano não chegou a ver o motorista do Palio.– Se eu enxergasse, iria fazer qualquer bobagem.A mãe do jovem, Teresinha de Fátima Pedron, 48 anos, pede punição.– Só espero que a Justiça seja feita e que ele (o motorista do Palio) não pague fiança e daqui a pouco esteja solto.Além dos pais, Fabiano deixa um irmão de 19 anos e a namorada. O velório ocorre na sala A da Capela São Luiz, e o enterro será às 10h deste sábado, no Cemitério Público Municipal de Flores da Cunha.
Condutor da moto, Negri foi encaminhado ao Hospital do Círculo e seguia internado até a noite de ontem.

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