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Mostrando postagens de maio, 2015

Tem muita coisa em Não Nem Nada, da Cia Empório de Teatro Sortido

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Num ritmo frenético, a Cia Empório de Teatro Sortido, sugere ao público paulista uma reflexão dessa nossa vida cotidiana e rir dos pequenos detalhes e das inúmeras coisas que compõe a sociedade, dita, moderna, sem freios e medo de julgá-las.  É assim com o espetáculo "Não Nem Nada" do estreante (e ótimo) diretor Vinicius Calderoni, que extrai do quarteto de atores jovens (Geraldo Carneiro, Mayara Constantino, Renata Gaspar e Victor Mendes) uma dinâmica desesperada, forte e interessantíssima. A interpretação dos atores não deixa que a plateia pisque os olhos, desfilando uma dezena de personagens da vida moderna, sem nenhuma mudança de figurinos, joga o foco no lado patético do cotidiano, das relações humanas, das relações amorosas, e até no culto as celebridades.  O tema principal da peça é a superficialidade, e é com leveza e até com uma certa sensação aflitiva que a Cia consegue chegar à um excelente resultado. Destaque para a atuação rápida e minuciosa de Renata Gaspa

Déborah Evelyn merece ser vista em Hora Amarela

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Em Hora Amarela, espetáculo escrito por Adam Rapp e dirigido por Monique Gardenberg, vemos um mundo caótico, dominado por alguma guerra e acompanhamos as sobreviventes que convivem com uma nova ordem, onde se esconder e tentar sobreviver é a missão do momento. Intolerância e desespero estão presentes e nos apontam um caminho cruel para o mundo no futuro, a busca pela raça perfeita. A peça funciona como um grande climax, a diretora é de uma competência cênica inegável e o cenário de Daniela Thomas deixa o sentimento claustrofóbico escorrer para a platéia.  Com um visual e um clima de cinema hollywoodiano o espetáculo permite que Déborah Evelyn mostre todas suas nuances, e prove o quanto é uma grande atriz, madura, forte e eloquente. Assim como Michel Bercovitch num papel pequeno não deixa de se destacar em suas curtas cenas. Mas é no restante do elenco que estão os problemas de Hora Amarela, Isabel Wilker (que também assina a tradução) não faz frente á Deborah e sua falta de tôn

O Circo inventivo do Hugo Possolo encanta em Sala de Espelhos

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Hugo Possolo, um dos mestres do circo-teatro da atualidade colocou toda sua inventividade à serviço de renovar e criar elementos surpreendentes e artísticos para os manjados números circenses na peça Sala de Espelhos. O resultado é um novo olhar para números de lira, tecido acrobático, paradas clássicas, manipulação de bonecos e truques mágicos, etc. Cavalheiro, um palhaço carismático e curioso (muito bem interpretado e criado por Felipe Oliveira) observa atraves de sua vida um desfile de tipos encantados e sonhos de uma beleza impar e vão aos poucos seduzindo o público presente. A virtuose que sempre impressiona em artistas circenses ganha teatralidade, humor, leveza e podemos nos impressionar com a cena da lira com as artistas gêmeas Nayara e Nathália Dias, e a poesia quando elas somem e aparecem sob os olhos de Cavalheiro, o tal palhaço gentil, também na força e delicadeza das paradas clássicas de Paulo Maeda e no olhar romântico (e aéreo de) Kadu Mendes e Marina Soveral.